Na manhã do dia 24 de Dezembro de 1910, o António acordou e foi lavar a sua cara, ao passar pelo corredor, olhou pela janela e reparou que estava a nevar. Chegou à cozinha e notou que algo estava diferente: em cima da mesa havia algumas doçarias que ele tanto gostava; o presépio estava montado no local onde ia estar o pinheiro que com a companhia do seu pai iria decorar.
Saiu de casa com o pai, e ambos levavam o seu machado, ao ombro. António, já com 13 anos, estava habituado ao trabalho pesado do campo, por isso, foi ajudar o seu pai a cortar o pinheiro para o levar para casa.
António e o seu pai demoraram pouco tempo a encontrar o pinheiro certo, que se apressaram a cortar para chegar a casa cedo.
Quando chegaram a casa, colocaram o pinheiro ao lado do presépio e começaram a enfeitá-lo. António foi buscar os papéis de prata e algum carvão que guardara todo o ano exclusivamente para esta ocasião e começou a desenhar bolas para pendurar na árvore.
Almoçaram e António apressou-se para convidar a família para a ceia de Natal.
No fim dos convites, voltou a casa para ajudar a mãe a preparar a ceia daquela noite.
À hora marcada, os convidados começaram a aparecer e repararam logo que vinha um cheirinho muito bom da cozinha, cheirava a bacalhau cozido e legumes.
Às oito horas da noite sentaram-se à mesa para o jantar especial de Natal, mas antes de começarem a cear rezaram para dar graças por tudo que tinham. No fim do jantar, o avô de António contou uma história para relembrar o espírito da época.
À meia-noite em ponto, soaram os sinos da Igreja, e nessa altura tiraram a meia que estava pendurada em cima da lareira, e começaram a troca de presentes.
António recebeu um chocolate, um par de meias e uma caixa de lápis de cor para os seus desenhos. Por muito pouco que fosse, António ficou feliz pois o que interessa é a intenção de fazer os outros felizes. Agradeceu aos seus familiares e foi-se deitar, cansado do seu longo dia.
Edgar e Tiago 8ºA
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